segunda-feira, 16 de maio de 2016

ENGENHARIA DE AVALIAÇÕES

          A Engenharia de Avaliações surgiu no Brasil no final da década de 1910, como consequência da Lei de Promulgação das Terras, nº 601 de 1850, que cria a figura da propriedade particular sobre a terra, extinguindo o Sistema de Concessões instituído pelo Estado português desde 1375, e que era exercido por ele de forma absolutista.

          A partir de então, as terras tornaram-se esteio econômico da nova sociedade, tornando-se exploráveis também como forma de apropriação de capital com base na expectativa de valorizações futuras, além de meios de ganhos financeiros seja através da venda, locação ou arrendamento.

          Tendo em vista esse novo status, as terras tornaram-se, ainda, bens de garantia de empréstimos e financiamentos bancários, concedidos para a expansão cafeeira e para o incremento da economia, exigindo formas de avaliações criteriosas, com base em conceitos técnicos e científicos. Tais avaliações seriam utilizadas, outrossim, para solver litígios judiciais

          Surgem, então, vários trabalhos a respeito do assunto, cuja difusão de técnicas diversas apontaram para a necessidade de se criar regras e diretrizes para balizamento da matéria.

Resultado de imagem para homes Resultado de imagem para buildings

          Foi então que engenheiros começaram a se agrupar para se criarem normas de consenso, quando foram fundados em 1953 o Instituto de Engenharia Legal (IEL), no Rio de Janeiro, e em São Paulo em 1954, o Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia (IBAPE), hoje fundidos no IBAPE NACIONAL, que agrupa 20 (vinte) institutos estaduais, com o intuito de estudar, coordenar e editar normas técnicas de avaliação.

          Hoje há cursos de especialização Engenharia de Avaliações, agrupados com a área de Perícias de Engenharia, habilitando profissionais a exercerem funções específicas em empresas privadas, instituições financeiras e como auxiliares do Poder Judiciário, na resolução de demandas que envolvam avaliações de imóveis.

          As normas técnicas impositivas para avaliações de imóveis são as da ABNT, ou seja, NBR 14.653, Parte 1 - Geral; Parte 2 - Avaliação de Imóveis Urbanos; Parte 3 - Avaliação de Imóveis Rurais; Parte 4 - Empreendimentos.

          O IBAPE Nacional, bem como os institutos estaduais, possuem também normas técnicas sobre a matéria; podem ser encontradas, ainda, publicações de livros de autores renomados a respeito do assunto.


segunda-feira, 25 de abril de 2016

TRINCAS E FISSURAS EM EDIFICAÇÕES - MOVIMENTAÇÕES HIGROSCÓPICAS


Considerando a porosidade dos materiais de construção, a fissura e/ou trinca ocasionada pela movimentação higroscópica tem seu mecanismo de formação provocado pela variação dimensional desses materiais quando expostos à umidade.
Ou seja, a absorção de água através dos poros dos materiais de construção causa variação dimensional dos mesmos, que tendem a retornar ao tamanho original quando cessa tal exposição.
Este "trabalho" acontece mediante a expansão quando umedecido e a recorrente retração, quando o teor de umidade se reduz, causando trincas e fissuras nos elementos e componentes do sistema construtivo.


Figura 1: Trinca causada por movimentação higroscópica

A figura acima demonstra uma mancha de umidade vertical ocasionada pelo escorrimento de águas pluviais no encontro do rufo metálico e a parede. A constante expansão e posterior retração do revestimento de argamassa da parede já ocasionou uma trinca que acompanha a referida mancha vertical, por onde mais umidade pode se infiltrar a, com o tempo, agravar o problema.

Segundo Thomaz, Ercio, 1.989, Editora Pini,  umidade por ter acesso, ainda, aos materiais de construção através das seguintes vias:
a) excesso de água na fabricação dos componentes (argamassa, concreto, etc.);
b) umidade proveniente da execução da obra, quando se umedece os materiais;
c) umidade relativa do ar;
d) umidade do solo.

Por isso, todo cuidado é necessário na hora de construir sua residência; contrate sempre um profissional qualificado para projetar e acompanhar sua obra.


segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

TRINCAS E FISSURAS EM EDIFICAÇÕES - TRINCAS E FISSURAS "MAPEADAS"



As trincas e fissuras mapeadas ocorrem normalmente nos revestimentos feitos em argamassa nas edificações. Decorrem da retração excessiva da argamassa quando não são dosados de maneira correta os materiais de sua composição, ou seja, água, cimento e agregado.
A água proporciona a trabalhabilidade da argamassa, além de cumprir seu papel de agente principal nas reações químicas necessárias que ocorrem no cimento, enquanto que, ao evaporar, sua quantidade determina a porosidade e/ou capilaridade do revestimento.
Quando adicionada em excesso é extremamente prejudicial ao resultado final do revestimento, uma vez que ocorre na argamassa uma retração além da desejada (diminuição de seu volume), resultando em trincas e fissuras em forma de mapa, geradas pelas forças capilares, equivalentes a uma compressão isotrópica da massa.

Resultado de imagem para TRINCAS MAPEADAS

Para evitar que isso ocorra há que se propor uma dosagem ideal com base nos materiais a serem utilizados no revestimento, sendo previstas, ainda, juntas de trabalho na quantidade e localização correta, e/ou em locais mais vulneráveis, que absorvam as tensões geradas pela retração; outros fatores podem contribuir na fissuração de elementos à base de cimento, ou seja: a umidade relativa do ar durante a execução do revestimento, o tempo em aberto da argamassa, execução em dias muito quentes, etc. Todos estes aspectos devem ser levados em conta na execução e devem ser orientados por profissional habilitado.
Apesar de não se tratar de trincas estruturais, afetam a edificação por carrearem elementos nocivos aos materiais que compõem os sistemas construtivos da edificação, inclusive o estrutural, diminuindo seu desempenho e vida útil.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Trincas e fissuras em edificações - variações térmicas

São várias as causas das trincas e fissuras nas edificações. As mais frequentes são aquelas ocasionadas pela dilatação/retração dos materiais de construção quando submetidos aos diferentes gradientes de temperatura. A variação da temperatura altera a dimensão dos materiais e/ou dos sistemas construtivos. Podem apresentar aberturas que variam de 0,5 mm a 1,5 mm, dependendo do sistema de vinculação entre os materiais e da falta de previsão de tais patologias construtivas ainda na concepção do projeto.



Ocorrem nos mais diversos formatos e direções, e não são consideradas como trincas estruturais. Entretanto, devem ser corrigidas evitando que por elas penetrem águas pluviais que carreiam elementos nocivos aos materiais componentes da edificação, inclusive à estrutura, prejudicando-a e restringindo sua vida útil.
Há no mercado materiais e procedimentos técnicos específicos para o tratamento preventivo e também para reparos dessas trincas e fissuras indesejáveis, o que deve sempre ser orientado por um profissional capacitado da área de engenharia e/ou arquitetura.

sábado, 12 de dezembro de 2015

Perícias de Engenharia



Pra vc que quer saber um pouco sobre perícias de engenharia, vou compartilhar nesse blog minha experiência de mais de 20 anos na área. Fique atento aos possíveis problemas em obras e edificações ao comprar um imóvel, novo ou usado, vc pode ter surpresas não muito agradáveis em pouco tempo de uso e moradia no imóvel. Ou mesmo no imóvel que vc já reside e pode estar notando anomalias com o passar do tempo. Dessa forma entendo que compartilhando meus estudos e experiência na área de forma simples e didática estarei gerando valor e disseminando conhecimento a quem possa interessar. Espero que gostem e aproveitem!